04 junho 2009

O pós-moderno também ama

E tem uma frase que encanta.
E tem um tema que nos deixa extasiados.
“O iluminismo está morto, o Marxismo está morto, o movimento da classe trabalhadora está morto... e o a autor não se sente muito bem” (Neil Smith).
O tema? PÓS-MODERNISMO.
Que é tudo o que vivemos agora.
Sinto-me tão pós-moderna.
Marx, Freud e Nietzsche... Tudo morto.
E eu sem vínculos, sem filósofo-referência.
E há quem diga que hoje só desejamos o Contemporâneo.
Que só queremos os autores da atualidade.
Queremos Zizek , Deleuze.
E a irreverência de levar tapas na cara.
Para voltarmos ao sentimento mais cristão.
Ofereço a outra em troca de mais conhecimento.
Queremos as supostas verdades, nada convencionais.
Pois se Marx, Freud e Nietzsche estão enterrados.
Quem me sobra?.
Só esses pós-modernos que difundem tantas intrigas filosóficas.
E que dizem sim, grandes verdades, já ditas anteriormentes.
(Rá!)
Modismo intelectual não é tão absurdo assim.
O que tem os modismos chegarem também no âmbito da filosofia?
Povo altivo, esse que pensa.
Não ignoremos os clássicos, mas que as desconstruções nos sejam preferíveis.
Sem paciência para os gregos.
Começamos ler Nietzsche.
E percebemos que tinha um tal de Fredric Jameson.
Que discute cinema, arquitetura, economia, música e diz: “A obra de Andy Warhol é realmente centrada em torno da mercantilização. E o afeto desde a cultura moderna esmaeceu."
Agora me diz:
E quem continua amando?
Se sente também sem afeto!
Na verdade, só não se sente bem.



*Imagem: Edward Hopper, Summer Interior, 1909, Oil on canvas, the Whitney Museum of American Art, New York City.

4 comentários:

  1. " … não é ansiando por coisas prontas, completas e concluídas que o amor encontra o seu significado, mas no estímulo a participar da gênese dessas coisas. O amor é afim à transcendência; não é senão outro nome para o impulso criativo e como tal carregado de riscos, pois o fim de uma criação nunca é certo
    ...
    E assim é numa cultura consumista como a nossa, que favorece o produto pronto para uso imediato, o prazer passageiro, a satisfação instantânea, resulstados que não exigem esforço prolongados, receitas testadas, garantias de seguro total e devolução do dinheiro. A promessa de aprender a arte de amar é a oferta ( falsa, enganosa, mas que se deseja ardentemente que seja verdadeira) de construir a “esperiência amorosa” à semelhança de outras mercadorias, que fascinam e seduzem exibindo todas essas características e prometem desejo sem ansiedade, esforço sem suor e resultado sem esforço.

    Sem humildade e coragem não há amor. Essas duas qualidades são exigidas, em escalas enormes e contínuas, quando se ingressa numa terra inexplorada e não-mapeada. E é a esse território que o amor conduz ao se instalar entre dois ou mais seres humanos"
    (Zygmunt Bauman,Amor Líquido)

    O Pós-moderno também ama, mas em seu egoísmo e individualismo não consegue saber direito o que é amor e afeto.

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  2. Zygmunt Bauman, outro papa do pós-moderno. Sociedade Liquida!
    Esse tema é mto gostoso!

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  3. Uouuu, que temaa, que questão complicada , que briga de cachorro grande.. Na comunicação o pós modernismo faz sucesso, talvez e que se aproxime mais de explicar os novos acontecimentos na mídia e no dia a dia dos grandes centros urbanos.. mas sei lá, a palavra pós pressupõe que algo já tenha acabado, o estado ainda e moderno e em muitos lugares esse pós está ainda longe de existir, acho que não sou tão adepto assim.. ainda confio nos gregos, é tão bom ler algo e saber da fonte que o autor bebeu, ler algo e saber seus fundamentos.. esse pós ainda não esta tão bem fundamentado! e quanto ao amor, eu gostei do que foi escrito amor é humildade e humildade não combibna com nada que estamos vivendo.. as vezes tem se muito mais um afeto por vaidade que por amor x)
    sei lá... muuuuuuuuito bom o texto e muito bom o post
    \o/

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  4. "muuuuuuuuito bom o texto e muito bom o (post)" ops digo o comentárioo!!

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