31 julho 2009

Mudando de assunto.

Não é ironia. Decidi mudar mesmo.

Quantos livros já leu este ano? Quantas vezes abriu o jornal esta semana? Pode citar alguma revista que costuma te entreter?

Pois bem, todos já devem saber sobre o que vou falar. Se não sabem ai vai: a leitura. Ler é saber já diziam alguns, a leitura é algo surpreendente. Abre o pensamento, acalma os ânimos, nos trás conhecimento e sempre é uma boa forma de passar as horas.

Ler não é “comer” livros, não é gastar fortunas com obras da “moda” e principalmente ler não é e não pode ser uma obrigação. Os principais motivos da leitura são a cultura e conhecimento que obtemos. Com certeza é isso que para muitos falta.

O Brasil não é muito conhecido pelo hábito de leitura, maioria da sua população não adquiriu esse costume, e embora muitos fazem de tudo para educar nossas crianças para mudar o futuro, ainda estamos longe de chegar ao ideal.

Poder discutir impondo nossas opiniões, ter opiniões, fazer valer aquilo que pensamos filtrar as “impurezas” das informações, são coisas que a leitura nos proporciona. Incentivar a leitura deve ser prioridade no ensino e talvez possamos esperar por um futuro melhor.

Viva a leitura, viva aos leitores, viva aos escritores e viva aos blogueiros que tentam a todo custo trazer algo que alimente a fome do saber.

Uma semana ao menos sem dar espaço a quem não o merece no blog. Chega dessa brincadeira com nosso país.

24 julho 2009

Redução da Jornada de Trabalho

Em 30 de junho de 2009 foi aprovada por uma comissão especial da Câmara Federal a PEC (proposta de emenda constitucional) 231/95, que traz a proposta de redução da carga horária máxima de trabalho semanal de 44 para 40 horas semanais (sem redução salarial) e aumento do valor da hora extra de 50% para, no mínimo, 75% do valor da hora normal. Essa foi apenas uma prévia, pois deverá passar ainda pelo plenário da Câmara (previsto para agosto), depois pelo Senado, e finalmente ser sancionada pelo presidente.
Essa já é uma proposta antiga, desde 1995, mas que só agora será de fato votada. Claro que esse ocorrido já provocou o pronunciamento e posicionamento dos setores da sociedade: maioria dos trabalhadores a favor e empresários e patrões contra. Veremos o resultado, talvez ainda daqui há um bom tempo, pois a tramitação é lenta. A pressão para que não seja aprovada será significativa, uma vez que a influência dos empregadores é grande.
Após apresentar o assunto, emito minha opinião, meu posicionamento: a favor. E explico-me. Temos que pensar em qual tipo de desenvolvimento queremos. Poderíamos estar indo na direção contrária, devastando direitos trabalhistas, como bem manda a cartilha neoliberal, desprotegendo as pessoas em favor do aumento indiscriminado dos lucros, como uma Índia ou China. Acredito que em primeiro lugar deve-se levar em conta o bem-estar das pessoas, muito antes de pensar em simplesmente atrair o capital internacional. Desenvolvimento tem que ser desenvolvimento com benefícios para todos, se é possível trabalhar menos e com isso ainda gerar novos empregos, por que não?
Porque diminuirá, sim, a margem de lucro de quem emprega, pois será preciso contratar novos funcionários, e não poderá reduzir os salários. Mas é justo. Quem cria o lucro é também quem trabalha, e é preciso melhorar a distribuição dos ganhos.
Porém o discurso que circula, principalmente na grande mídia, é justamente o contrário. Cito como exemplo um vendedor assalariado que, numa entrevista para um jornal televisivo, dizia ser um absurdo a redução da jornada, dando a entender que o Brasil não podia ser um país de preguiçosos, já com tantos feriados e agora mais essa. Pergunto-me: como alguém pode repudiar algo que poderia beneficiá-lo? O que faz com que ele assuma esse tipo de discurso que vai justamente contra ele?

De acordo com tal forma de pensar, feriados, redução da jornada de trabalho é preguiça. Na minha forma de pensar é qualidade de vida. Porque a vida não pode se resumir apenas a trabalho, lucros, índices estatísticos e crescimento econômico.

Saiba mais sobre a PEC 231/95
http://www2.camara.gov.br/homeagencia/materias.html?pk=129607

Acompanhe a tramitação
http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=14582


20 julho 2009

Irmãos na Arte,

Não posso deixar de iniciar esta agradecendo a oportunidade muito gostosa de participar disto aqui. Esta guilda, este covil, ou toca. Chamem, do que suas essências desejarem, um lugar que lhes agrada e, se não se ofenderem, eu chamaria isto aqui de bar, não fosse meu bom senso gente fina dizendo que não seria muito educado. Meu bom senso beato e minha essência etílica são o antagonismo de Esaú e Jacó, Caim e Abel... Zé Colmeia, Catatau. Pessoal, pouco os conheço, embora tenha tido muitas oportunidades para tal, lá na FAV, as gastei sendo inconsequente no bosque e na pamonharia, e o preço cármico é a estadia conformada nesta cidadezinha úmida do Pará, Tucuruí. Gostaria de escrever crônicas sobre o regionalismo paraense e coisas do gênero e, se gostarem da idéia, prometo boas risadas e um pouco de filosofia "Kafkageste". Prometo que nunca conspurcaria este web-recinto com obsenidades explícitas. Usaria metáforas! Embora ainda tenha pudores o suficiente para corar, dentro de um escritório de contabilidade, com 13 secretárias... Querem saber o que é cheiro bom? Ops, bom senso, Deus te abençoe... Contudo! Contudo, se esta minha proposta não condizer com a idéia do blog, por favor, me digam, que eu tentarei dançar no rítimo. E minha ausência, me perdoem. Demorei muito a responder por que dei uma passada aí em Goiânia, de uma semana, durante a qual estive muito bêbado pra ser um usuário da internet. Bem, meus queridos, sem mais delongas, e espero não ter causado uma impressão tão ruim, deixo aqui palavras tão sinceras quanto, por incrível que possa parecer, comedidas. Se fizesse o mesmo no meu currículo moraria debaixo da ponte, ou faria um chefe maníaco-depresseivo rir, depois de meses no prozac.

Atenciosa e esperançosamente, Gabriel George

PS:"Falar é o modo mais simples de nos tornarmos desconhecidos. E esse modo imoral e hipócrita de falar a que se chama escrever, mais completamente nos vela aos outros, e àquela espécie de outros a que nossa inconsciência chama nós-próprios.(...)" Fernando Pessoa

16 julho 2009

São tantas informações...

Não poderia falar de outro assunto se não a gripe A. Aliás, poderia sim. Sarney seria um assunto que está em pauta no momento, mas que o amigo Ricardo já comentara semana passada, então prefiro me poupar (e lhes poupar) de tanta tristeza.

Alguns meses para cá vemos uma nova gripe se espalhando pelo mundo de forma epidêmica, pandemia denomina-se. A mídia exalta a mesma como algo catastrófico – lê-se mídia brasileira – e não quero que pensem que não me preocupo, pois ao contrário é sim preocupante, mas não da maneira que estão expondo.

Todos os anos inúmeras pessoas espalhadas pelo mundo enfrentam aqueles chatos sintomas da gripe “comum”, aquela que conhecemos desde pequenos, que para muitos pode ser evitada com as receitinhas da vovó. Pois bem, novidade sempre gera pânico, a falta de informação aumenta esse pânico ainda mais, e nem quero falar da informação equivocada.

Para os mais leigos, melhor, diria apenas: para os desinformados, a nova gripe ou gripe suína ou até mesmo – agora com um novo nome para não “atacar” os pobres dos porcos que nada haver tem com o assunto – a Gripe A é algo aterrorizante que está se espalhando e fazendo centenas de vítimas mundo a fora. Informação por parte correta, mas o que muitos não sabem é que da mesma forma a nossa gripe “corriqueira”, velha conhecida, mata muitas (prefiro usar “muitas”, pois não tenho os dados) pessoas. Uma gripe sem os cuidados certos pode se transformar em epidemia e ser ainda mais nociva para crianças e idosos, cujo sistema imunológico é mais frágil.

Não sou doutor, não tenho a mínima vontade de ser e nem invejo quem o é, mas a informação que trago é apenas o que ouço e leio diariamente. Qualquer infectologista fala que este alarde é a maior besteira, precisamos nos cuidar, mas não deixar de viver por algo que com certeza é menos nocivo que outros vírus que nos tomam conta, principalmente no inverno.

Talvez esse seja um ponto positivo para o Sarney e sua turma, afinal toda a safadeza foi ofuscada por uma doença que nem precisaria de tanta atenção, mas quem faz a notícia é a mídia e nem todos são espertos o suficiente para filtrar e reconhecer o que é certo e o que é errado. Informação é informação, tudo pode ser mentira até que se comprove o contrário, até este texto pode ser uma bobagem, mas com certeza os leitores saberão filtrar tudo muito bem, pois há grande diferença dos amigos que aqui passam e daqueles que veem noticiário apenas porque esperam a “novelinha das oito”.

09 julho 2009

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03 julho 2009

“O povo não esquece Sarney é PDS”

“O povo não esquece Sarney é PDS” Essa famosa frase da época em que Sarney foi presidente, parece que nunca se tornou verdade. Já nesse tempo se criticava Sarney, o ex-aliado de muitos daqueles que figuravam no regime militar, o primeiro presidente depois da ditadura era do PDS, o partido dos ex-integrantes da ARENA.

Hoje Sarney está no PMDB que foi formado pelos integrantes do MDB, a antiga oposição à ARENA. Parece que filiação ideológica não é o forte desse senador, que caminhou por onde o vento soprava e figura agora entre os principais representantes de um partido ao qual era oposição.

Na atualidade Sarney é senador e esta no meio de um escândalo de corrupção, é o presidente do senado. Se não fosse a historia ninguém diria que algum dia Sarney não fez parte do PMDB, não só faz parte atualmente como é um dos principais de seus representantes.

Lula se esqueceu do PDS, defende o presidente do senado, defende o coronel do Maranhão. Rivais que governam juntos, isso é a política brasileira que muito se assemelha ao futebol, no sentido dos jogadores, que não se importam com o time ou com o técnico, ou mesmo com os colegas de equipe. O importante é fazer de tudo para continuar jogando. Só que há uma pequena diferença, os jogadores trocam de time pelo talento ou pela falta dele, recebem para dar o melhor em campo e representar todo um time. Já os políticos pouco se importam com o “time” que estão representando, Prestes não apoiou Vargas depois que este mandou sua mulher para ser executada na Alemanha? É a política da governabilidade, faz-se de tudo pela governabilidade.

Orgulho, ódio, raiva, rancor isso parece não existir no governo. Homens que não tem sentimentos, que foram torturados trabalham hoje do lado dos que torturavam. Aqueles que traem a si mesmos, traem qualquer um. Essa é a moral e a memória Brasileira, ambas são curtas e optam pela “governabilidade” ou seja o poder a qualquer custo!

Vida longa ao coronel do Maranhão e ao torneiro mecânico que virou presidente, o homem que sentiu a pobreza nordestina na pele, protege o coronel!