03 julho 2009

“O povo não esquece Sarney é PDS”

“O povo não esquece Sarney é PDS” Essa famosa frase da época em que Sarney foi presidente, parece que nunca se tornou verdade. Já nesse tempo se criticava Sarney, o ex-aliado de muitos daqueles que figuravam no regime militar, o primeiro presidente depois da ditadura era do PDS, o partido dos ex-integrantes da ARENA.

Hoje Sarney está no PMDB que foi formado pelos integrantes do MDB, a antiga oposição à ARENA. Parece que filiação ideológica não é o forte desse senador, que caminhou por onde o vento soprava e figura agora entre os principais representantes de um partido ao qual era oposição.

Na atualidade Sarney é senador e esta no meio de um escândalo de corrupção, é o presidente do senado. Se não fosse a historia ninguém diria que algum dia Sarney não fez parte do PMDB, não só faz parte atualmente como é um dos principais de seus representantes.

Lula se esqueceu do PDS, defende o presidente do senado, defende o coronel do Maranhão. Rivais que governam juntos, isso é a política brasileira que muito se assemelha ao futebol, no sentido dos jogadores, que não se importam com o time ou com o técnico, ou mesmo com os colegas de equipe. O importante é fazer de tudo para continuar jogando. Só que há uma pequena diferença, os jogadores trocam de time pelo talento ou pela falta dele, recebem para dar o melhor em campo e representar todo um time. Já os políticos pouco se importam com o “time” que estão representando, Prestes não apoiou Vargas depois que este mandou sua mulher para ser executada na Alemanha? É a política da governabilidade, faz-se de tudo pela governabilidade.

Orgulho, ódio, raiva, rancor isso parece não existir no governo. Homens que não tem sentimentos, que foram torturados trabalham hoje do lado dos que torturavam. Aqueles que traem a si mesmos, traem qualquer um. Essa é a moral e a memória Brasileira, ambas são curtas e optam pela “governabilidade” ou seja o poder a qualquer custo!

Vida longa ao coronel do Maranhão e ao torneiro mecânico que virou presidente, o homem que sentiu a pobreza nordestina na pele, protege o coronel!

5 comentários:

  1. Ahh o povo esquece sim! Já esqueceu, ou melhor, muitos dos que nasceram após essa época de ditadura nem sabem direito quem é quem. Eu, como já escrevi aqui, não sou a favor da "apoliticidade", mas sinceramente política partidária me irrita e enoja. Porque para entrar, disputar o poder, é necessário jogar o jogo, e pra isso acaba-se abrindo mão de príncipios, acaba-se (no caso do Lula mesmo) traindo-se a si mesmo e sua origem. Porque o mais importante não é a ideologia, mas simplesmente manter-se no poder. Por isso acredito que qualquer melhora e mudança significativa nesse país dificilmente virá diretamente da política institucionalizada, partidária (embora devesse ser). A preocupação maior não são as questões que afligem as pessoas que os elegeram, que eles deviam "representar", mas, como dito, manter a governabilidade, manterem-se no poder.

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  2. 4 de julho
    dia da independência dos eua o//
    aiushaiusha
    pois é, eu achei essa frase engraçada "o povo não esquece .."
    aiushaiusha
    esquece sim =p

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  3. Direto ao ponto. Gostei muito do texto, muito verdade. As ideias se distorcem em meio a tanta confusão. Para termos uma demonstração clara disso basta tentar distribuir nossos políticos entre dois grupos: ESQUERDA e DIREITA. Tarefa árdua.
    Elogio mais uma vez o texto, mas me apavoro com o assunto, não deveríamos ter que discutir isso, mas é "nosso" Brasil, onde tudo acontece e nada se faz.

    Assunto repugnante, mas com certeza menos que as figuras citadas no texto. hehehe

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  4. eu fico acompanhando tudo da redação do Jornal e me vejo diante de sérios problemas:

    o primeiro deles está relacionado à questão ética e à corrupção que é marca registrada da política brasileira. A revista The Economist publicou na semana passada um artigo entitulado "Casa dos horrores", se referindo ao senado brasileiro - o que não deixa de ser verdade.

    a outra questão que levanto internamente se relaciona à "retórica da indignação". Nós enquanto esclarecidos, acompanhamos tudo de perto e continuamos indignados, e vamos continuar assim daqui a dez anos ou mais... e a minha grande pergunta é: o que de fato, podemos fazer? e o que faremos? A impressão que eu tenho é a de que nossa geração compreende pouco de política - e por isso mesmo, a indignção se torna cabível.


    abs ricardo!

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  5. o coronelismo teria mudado de nome? parlamentarismo? gostei

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