08 abril 2010

Dinheiro na mão é solução

Foi-se o tempo que política estava ligada a ideais. Revolucionários que tentavam chegar ao poder com o intuito de melhorar suas vidas e de sua ‘comunidade’, mesmo que fosse do desagrado da maioria da população. Não vejo mais aquele ideal político que deixa as pessoas revoltadas com as barbaridades que acontecem no dia-a-dia. É difícil precisar quando, de fato esse tempo se foi. Talvez há muito já não tenhamos ninguém que realmente se importe com seus ideais e busca uma posição política ou alguma ‘revolução’ apenas com pensamento no lucro monetário que obterá. São impressionantes as histórias – talvez não passem de histórias – sobre homens e mulheres do passado que lutavam e se sacrificavam para um bem maior, sem preocupação com o resto do mundo.

Traçando um olhar mundial percebo que em certos países temos alguns extremistas que podem ser considerados revolucionários pelos seus ideais, por mais injustificáveis que sejam. Mas isso é minoria. Prefiro fixar a visão aqui no Brasil, onde os ideais estão mortos, não existe mais esquerda ou direita, e se ainda existe o limite entre as duas é embaçado. Alguns ainda esboçam uma oposição, mas sabem que no fim terão que se entregar, querendo ou não – mas todos querem. Afinal uma boquinha aqui, outra ali torna as coisas tão fáceis de serem resolvidas. Hoje mais do que nunca as pessoas são corruptas, fáceis de serem manipuladas, materialistas e não idealistas, entregam sonhos por um cargo no governo ou uma mala cheia de dinheiro, algumas nem sonhos têm.

Não faço apologia à revolução. Sou de fato, contra revoluções, mas elas são necessárias. Quem nunca ouviu que o super-herói necessita do vilão para sobreviver? Assim funciona com a política. Não há direita se não tivermos esquerda, não há governo se não tivermos oposição, o equilíbrio natural das coisas precisa ser mantido, e o único jeito de mantê-lo é havendo oposição. O fato é que hoje todos jogam no mesmo time, não há adversário; todos querem sair ganhando, obter os lucros exuberantes sem esforço algum – só o esforço de mentir e surrupiar – e isto basta. É bom que haja paz entre as partes, é bom que não tenhamos que nos revoltar contra nada, afinal quem quer passar por uma revolução? O único problema é que não temos mais ninguém lutando pelo que importa, lutando pelo povo ou pela sua pátria. O dinheiro é o bem maior e todos correm atrás dele e somente dele.

Nosso país está em um tempo onde NENHUM político se importa realmente com as pessoas que o botam no cargo, seja lá qual for. Vemos a mudança repentina que há no comportamento de um candidato em ano eleitoral. Todos ficam bonzinhos, não há inimigos, vale tudo – até dançar homem com homem e mulher com mulher. Não há limites. Vale mentir, inventar, criar PAC 44, PAC 45 e quantos “pacs” o mundo suportar. Não importa o que vai ser efetivado, se haverá ou não algum lucro para o povo, a única coisa que importa é a proposta, falar, mentir, enganar o povo, o resto não importa. São todos assim, não há exceção, políticos não têm caráter, reis da antiguidade tinham mais respeito com seus servos do que nossos governantes têm conosco. As pessoas estão corrompidas e não haverá mudança tão cedo; primeiro temos que mudar nós mesmos, aprender os verdadeiros valores para que consequentemente se mude o resto. Nessas horas tenho vontade de virar monge e viver em algum templo perdido no mundo.

3 comentários:

  1. Acho que ao invés de virar monge vou virar político mesmo. Se não os pode vencê-los, junte-se à eles. Tem algo a respeito no meu Blog, se quiserem ler: http://marcostrauss.blogspot.com/

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  2. aiushaiushaiusa
    monge é massa \o/
    éh Marco, compartilho dessa profunda falta de descrença, vou votar na Marina, mas entre Serra e Dilma não vejo diferenças substanciais, se fizessem parte do mesmo partido ninguém perceberia diferença nenhuma, alias por incrível que pareça eu gosto do Serra mesmo sendo PSDB

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  3. Certo! hahahahahaha
    Compartilhamos da descrença, acho que só.
    Eu gosto do Serra por ser do PSDB. hahahahahaha
    Sabe o que eu gosto mesmo? Parlamentarismo.
    Dilma não consegue nem passar perto da minha percepção de gosto. Avante! A gente sabe na real qual será o fim. Com Serra, pelo menos, tentarei minimizar isso.

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